sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Num Abraço? Encontro-te


Perco-me num abraço.
Num dar de mão
Num toque que faço
Numa despedida de solidão

Ter olhos de olhar
Ter terra, quem sabe o céu,
Ter vida e amar
Ser vida em nuvens de véu
E num dia sonhar…

É um abraço
Este gesto que faço
Será um abraço
Seguro como aço?

23/08/09

Filipe Pires

São Passos Do Caminho


A vida é livre de saber.
Por mais que se caminhe
Acaba-se sempre por sofrer

A vida é estranha e incorrecta
Por vezes só
Mas sempre incompleta.

Não é menos vida
É mais desejo de experiência
Não são estradas e idas
Nem sonhos nem incompetência

Não é o que em nós cresceu
Não será o que alguém traz
Não é existência! Sou eu…
Que senti o que a vida faz.

10/08/09

Filipe Pires

Alguma Vontade


É por intuição o que escrevo
É, porque assim o sinto
É, pois claro, não o devo
Sai óbvio. Não minto!

Isto que cresce
Talvez, quem sabe, jamais esmorece.
Instinto que merece
Solto de punho forte
Confiante…não é sorte!
Nem corre pela morte

Ó aparecida vontade
És o meu poço
És a minha verdade.

11/10/09

Filipe Pires

sábado, 9 de janeiro de 2010

Haveria Algo Numa Ponte


Há uma distância que me separa
Como um vasto rio sem ponte
Esta agudeza que nunca me ampara
Desta entidade sem água nem fonte…

Sou clamado por clamar na miséria
Na lástima clamo pelo que sou!
Vou chamando a vida por séria
Em séria clama sem ida que vou.

Sou algures algo sem saber
O que vem e vai em mim?
Um ente vago sem querer,
Este querer sem nada ser,
Que se plantou no algo assim.

02/12/09

Filipe Pires