segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Linha do Horizonte




Ampliação das dimensões
Perante o contraste do surreal
Desdém entre sonhos e previsões
Abraçados num rumo colossal

Ah, e tudo depende de tudo
E, certamente, nada é concreto
Como uma sombra num silêncio mudo
A derreter o tempo menos certo.

04/11/2012

Filipe Pires

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Passos de Gente




Vejo tremer os passos da sociedade
Brilhando no orgulho materialista
Meras mentes cheias de personalidade
Atadas ao poderio de sua vista

Caminham através do raciocínio,
Para lá da vontade de querer,
Desmembram-se no equilíbrio
E acham-se no sonho de ter.

Mas contos são imaginados
Numa partida de informação
Contos são para ser contados
Por quem controla sua conclusão.
Ah, sociedade…
Porquê tanta imaginação?

04/10/2012

Filipe Pires

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Um Toque Aguçado




Julgo perder o siso desta consciência
Desconfio deste nexo a destilar pelo paradoxal
Perpétuo alento asfixiado por alguma demência
Ao encontro lampejante do silêncio menos real… 


21/10/20012

Filipe Pires

domingo, 19 de agosto de 2012

Na Berma














Esta imaginação muda
Vejo alvejar a solidão
Sem mérito se estuda
As asas por entre a razão.

E se fosse possível fazer algo
De algo nasceria um sentido
Em que mudo seria tudo
Sem que tudo me levasse a sensação.
Talvez, quem sabe, seria um culto…
Seguir voando com estas asas
Num rumo infinito ao olhar,
Entre ermas trevas a desfolhar
A alma que se esconde num sonhar.

11/08/2012

Filipe Pires

quarta-feira, 14 de março de 2012

Desarranjado Aspecto

Desordem mental num sobressalto
Cada passo dado ao som da percepção
Do que realmente julga por alto
A figuração da inevitável concepção

Explosivo desdém perspicaz
Em estilhaços fragmentados ao vazio
Haja ventureiros de mente capaz
Para evaporar este diminuto pavio.

29/02/2012

Filipe Pires


Dichote por Sorte
















Vingança amiga do orgulho
Loucura e o lapso do arrependimento
Poucas voltas se dão no mergulho
E a tristeza à cantiga do tormento

A lucidez que matou
Outrora, quando já estava morto
Falsa palavra reinou
A quem dava tanto conforto
Desdém na muralha esquecida
Das lágrimas a esse porto
Esperança ciumenta erguida
Por um trilho que nasce torto.

Mas vida tem três passos
Dos quais vivemos dois
O primeiro ainda somos escassos,
Ao fim…não sei, quem sois?

14/01/2011

Filipe Pires