sábado, 28 de novembro de 2009

Ecos Ao Mar


Não são verdes campos
São campos vestidos de anil;
Destes que berram amplos
Destes que bramam vil.
Mudei meus cantos,
Estou só ao clamar?

Vejo nuvens cavalgantes
Sob este imenso mar
São pinturas andantes
Que sucedem sem lugar

Contemplo esta infinidade
Inspirando o sabor salgado
Avisto o sol com saudade
Admiro o reflexo desejado.

28/11/09

Filipe Pires

Nada Sentido No Lorun


Um sentido sem nada
Nada um sem sentido
Sem um sentido nada
Um sem nada sentido.

?/11/09

Filipe Pires

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ente Que É Gente



É quem não esperava ser
No meu escasso pardo
Esta alma fez antever
A causa por que ardo.

As lamúrias circundam
Ao brotar do acordar
As lamúrias divulgam
O irromper por amar

Eclode ao emergir destas frases
Como o sol que revive no futuro
Exclama minhas estranhas faces
Ao ente que se concebeu duro.

09/11/09

Filipe Pires

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Para Lá Do Céu


Claridade do luar
Realça este cariz
De oriundo lugar.
Veste em feliz
A chama ardente
Acalma o infeliz
Que se lhe aviva a mente

Clareza num cetim lunar…
Ecos mudos dos clamores
Avista um sentido a clamar
Ao cintilante Deus Eros
Que se traga amores por amar.

06/11/09

Amândio Lopes

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Achei Esta Clave


De volta dos pensamentos
Já pensei muito nas razões
Julguei pelos sentimentos
Confiei em plenas confeições

Ao torno de forçar
Por dentro a fora
Cobicei em achar
O que me traz…
Pela ideia da memória.

Sinto a brisa a reflectir
Se vou a passo intacto
Não minto nesse ferir
Do meu próximo facto.

Abro as portas sem chave
É esta aragem a minha clave?

04/11/09

Amândio Lopes

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Tive Pouco Por Vago


Tenho a dor vaga
Que se deita em mim
Aflui lenta e amarga
O meu sono sem fim.

Tinha amor que ter
Pensava, terno, eu!
Perdi sem sequer o ver
Ardor que se me envolveu…

02/11/09

Filipe Pires

Nos Sentidos Que Sinto


Bebe o solo a minha água
Pelas raízes do arvoredo
Vejo sombras na sua mágoa
Dos pardos arrepios de medo.

Nascente astro do luar
Vens do poente horizonte
Vens de incerto lugar…

Sons da minha mente
Ouvidos ocos aos ecos
Tacto que me sente
Nos sabores sem becos.

02/11/09

Filipe Pires