terça-feira, 22 de outubro de 2013

Peripécia



Pela difusão do desejo,
Na ardente maré de passos
Ao sabor da vontade e do preconceito.
Este que mexe erasmicamente os escassos,
Que eleva o abstracto na efusão versátil
Em tragos ensurdecidos da mente ao peito,
Como quem mente com jeito sendo útil…

E vejo a tristeza entristecer a alma
E queria partilhar…
O idealismo junto ao consenso de sonhar,
Conceituar o imparcialíssimo moral demente?
Quem sabe apenas uma conflagração mental.

22/10/2013


Filipe Pires

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Momento


 Por vezes o degredo que abrange a mente parece ferver, evaporando e destilando os pensamentos, opiniões, intuito…Um momento revela uma vida, como um sonho que surge vazio “num segundo” pelo subconsciente, sem lógica, sem nexo, ermo.
 Dizem que chorar cura, mas o pranto pode não compensar o momento de dilúvio.
 Quem sabe, as provações são a ira da aprendizagem, são o desenvolver da personalidade crescente. O mundo da natureza dentro do Eu.

 Momentos são para a vida, a gota da imperfeição da normalidade mental do ser humano, que mais determina o valor dos momentos como nulos de inconsciência…

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Lamento desfolhado


Suspiro incrédulo a vontade de sentir,
A ilusão demente ao julgar algo
Ou a peripécia ao tropeçar em mim…
Falácias sem sentimento a rir
Olhares perdidos de encanto vago,
Sombras abraçadas ao real,
Abstractas lágrimas a esvoaçar
Perante um rumo escasso
Que aflige a compaixão sentida.

Por vezes desconheço
O que me vai na mente
O rebuliço do horizonte
Aquelas ideias indecentes
Que fragmenta esta ponte
Na junção de correntes.

Ao longe vejo as sombras
Que colidem pelo vento
E ao desfolhar o que sonhas
Deleito este ermo contento
Num gosto envelhecido
Ao que me assombras…

Não há lembrança que desfolhe o hodierno
Dos momentos e contentos, em tempos, contemplados
Pela emergente vertente do inconveniente eterno
Ao timbre do desdém mudo de olhos vendados.

01/03/2012


Filipe Pires

Um Espaço Individual


Assalta em fragmentos
O murmúrio do silêncio,
Sobre o vazio da questão inconsciente
Terminava a resposta aguçada.
Por vontade ao momento do poderio
Em pétalas o sangue que ferve na mente
Mas nas algemas da falácia amada
A morte nos estilhaços do sigilo…

03/05/2013


Filipe Pires