domingo, 29 de março de 2009

Frase Da Semana


E naquele momento em que tudo voava, brotou um engrandecer entre quem se olhava...apenas a imagem ficou, o toque.
Filipe Pires

segunda-feira, 23 de março de 2009

O Reflexo


É reflexo contrário…

Surpreendente…
Ver o reflexo ao contrário
Ver cair a gota, num breve cenário,
Que torna uma imagem ondulada
E a ideia desfocada.

É água parada…

Arrepiante…
Ver a água parada
Libertando um espelho, cristalino,
De um mundo, único e sozinho
Que se ouve, sentindo.

É brisa leve…

De aparente, minguante…
Faz único vislumbre
De veste manifestante.

De calma invocada…

Na manhã da minha madrugada
Seria a ribeira a minha amada.
Mas o suave vento.
Despertava magia, e sonhava…
Não estava só!
Nem acompanhado
Apenas quem chorava
Sentia-se revoltado.



O Outro Lado Do Reflexo



É reflexo contrário
É água parada
É brisa leve…
De calma invocada.

Surpreendente…
Arrepiante.
De aparente, minguante.

Ver o reflexo ao contrário
Ver a água parada
Faz único vislumbre…
Na manhã da minha madrugada.

Ver cair a gota, num breve cenário,
Libertando um espelho, cristalino.
De veste manifestante…
Que torna uma imagem ondulada!
De um mundo, único e sozinho…
E a ideia desfocada.
Que se ouve, sentindo.

Filipe Pires

domingo, 22 de março de 2009

Despedida


A noite vai longa e inspirada
Voa e é cortada como nada…
Assim não espera mas venera
Com simples despedidas

Sim…gostei da conversa
Com palavras sempre animadas
Mas chega a hora onde mora
Uma despedida assim prevenida.

Os ponteiros não param
E o relógio não morre!
O tempo passa…
Sinceramente parece que corre!

Já na rua, observo vasta lua nua…
Parece o sol da noite,
Colocada num quadro escuro.
Mas que vislumbro
Magnífica ao som do uivo…

Adeus magnífica lua,
Adeus uivo distante...
As estrelas que me acompanhem
Nesta minha noite sufocante

Onde mora a vida lunar,
No espaço giram os astros…
Adormeço num mundo de pontos brilhantes,
Como um barco à deriva no mar.
E o sonho de certo lugar
Morre comigo incompleto.

Adeus…
Meu universo viajante,
Serei teu num espaço constante.
Adeus…

09/12/2008

Filipe Pires

Frase Da Semana


A vida podia ser um mar de rosas...mas por vezes não há mar. Apenas uma rosa!
Filipe Pires

Rapariga Que Enfeitiça


Noite, és uma fonte de energia e de mistério, diferente do dia, pois em ti penso e contigo realizo os meus sonhos.
Esta noite é distinta…não pode haver nada no mundo que me tire isto, de dentro para fora, como se de nada tratasse.
Hoje volto a reencontrar a rapariga que em tempos foi diferente, e agora mudou para melhor.
O típico som de uma porta a fechar entra-me nos ouvidos, quebrando o silêncio, e neste instante arranjo o cabelo pela última vez, e ajeito a t-shirt, na esperança de acalmar os nervos miudinhos que se apoderam de mim.
Ali está ela! Bela, sincera, deslumbrante, como nunca a vi…deixo os encantos penetrar a minha mente, como se estivesse possuído por algo bom. O corpo parece uma obra-prima, de tão bela e formosa.
Em passos de princesa, enfeitiça os que a rodeiam. Os seus cabelos são como fios de seda, e os olhos, de uma beleza inacreditável e perfeita.
Nesta noite não observo a lua, mas sim a rapariga por quem vendo o espaço infinito onde giram os astros. Ilusão…ilusão liberta uma ideia de fantasia que não merece estar junto de mim. Encaro, este pensamento lembrando, a realidade.
A pureza que vai no ar é graças a esta rapariga, que mudou com o tempo, e neste tempo a obra-prima manifesta o seu verdadeiro valor.

Filipe Pires

sexta-feira, 20 de março de 2009

Caminha Pela Areia


O silêncio corria parado!
Deserto este que não se movia.
Caminhava sufocante
Água…essa não havia

Procurava para lá do horizonte
O que esta areia escondia.
Será terra, ou mar?
Para quê sonhar?!

O sol enterra-se de cores incríveis!
Escondendo-se devagar
Lá vai ele...
Dando o céu ao luar!

Magnífico…
Mas continuo passo a passo
Por fim boas visões
Será terra, ou mar?

Água cristalina…

É um brotar de beleza
O corte entre o céu e o oceano
Tudo pintado de azul!

Filipe Pires

Surge o Martírio


Dizem que o caminho, é distante,
Contam-me que não tem fim...
Avisaram que era arrepiante
Enquanto andava, pensavam em mim.

Criavam-se as histórias

Nasciam as lendas.

Evoluíam-se memórias.
De olhos tapados, com vendas...

Os gritos percorriam os montes
O sangue escorria pelo vale
O céu ficava vermelho...
Cresciam demónios do mal.

As trevas dominavam o mundo
As nuvens tornavam-se cinzentas...
O horizonte expressou-se mudo
E as vidas ficaram irrequietas.

Deparava-me pelo meio dos trilhos
Rodeado de longas searas...
Caminhava e observava.
Seria alguém?

Mas o manto negro caiu!
Ergueram-se poderosas labaredas...
A fronteira do inferno emergiu
E das profundezas sobressaiu.
Dominantes olhos, de sabor a carnificina,
Olhava hipnotizado!
Pensei estar acabado...
Foi então que brotou um desejo
E de todos os meus poros
Fora expelido o sangue.
Caí...revirei os olhos.
E...
Morri!

Filipe Pires

quinta-feira, 19 de março de 2009

Absurdo Desejo De Vanessa


Que tréguas de aflição…

Amor aquele só.
Pensamento perdido
Momento de dó
Outrora esquecido.

Havia excitação…
Apre moça fogosa!

Estava errado certamente!
Fazia parte do instante perdido
Tal ápice descabidos
De puro sentimento, sentido.

Não suponha ideia…

Saltava o imaginário
Mentes do absurdo
De um mundo contrário
Sonhos do futuro.

Nem olhava ambição…

Desejava a cortesã!
Ardente ansiosa
Perdida em memória.
Aguardava de nu impaciente…

Tolice esperta, essa!
Castigava do disparate
Bondade? Talvez…
Eram amantes de Vanessa.

O cúmplice vagueia…

De fininho anda ele!
Perdido?
Este senhor bem vestido?
Dizem que não é gente
Esta alma somente carente.

Filipe Pires

quarta-feira, 18 de março de 2009

Tragédia de Amor


O que posso fazer por ti?
A tristeza domina-me…quero ajudar, mas não sei como?
Ela está doente, e só um milagre a salva.
Perdido estou…morto, arrasado. Sentado no canto escuro da nossa casa, imaginando-a a entrar por aquela porta e dizer” Estou de volta!”, mas estes pensamentos apenas me vão destruindo mais e mais…
Choro por ela, até cair. Pergunto-me a mim próprio.
Porquê?!
Porquê tu?!
A minha vida não é nada sem ti! Só dor…só sofrimento! Tudo pela pessoa que vai morrendo, pouco a pouco, como se, alguém lhe tirasse o espírito…
Olho pela janela. Que lua espectacular, vem a ser esta? Que desconsidera os meus sentimentos que se fecham no peito, deixando cicatriz.
O silêncio é quebrado pelo telefone, certamente são notícias dela. Com movimentos bruscos, corro para atender.
- Estou! Sim é o próprio, diga…
As piores, chegaram! Deixo cair o telefone sem reacção nas minhas mãos. Caio de seguida no chão, como se me tirassem a vida…agora sim, posso morrer, pois a minha vida não tem mais significado!
Penso, por breves instantes, sobre a maneira mais rápida de me matar. Nisto olho para a varanda. Levanto-me depressa e, numa corrida feroz atiro-me do vigésimo andar.
Os últimos momentos que me lembro foram o, impacto no chão árduo. Agora ao pé da minha mulher eu digo que, não importa o sofrimento que se sente, pois volto sempre a reencontrar a minha razão de viver.

Filipe Pires

Confronto Perdido Em Palavras


Um toque único, em águas tremulas,
Mostrando o seu caminho, seu rumo.

Um erguer relevante
Vanglória, gloria, sentido...
Ter timbre
Demonstrando não ser perdido.

Alçar gente num acto, ardente,
Instruir-me de significado
Indicando algo, amado.

Ver para lá, do que não consigo observar,
E pensava eu conseguir voar!
Quando ainda mal provei esta terra
Onde nem nela, palpei inveja...

Curtas hostilidades, poder ao repelir a força,
Suster a respiração, ousadamente...
Batimentos do coração, incrédulos de emoção.

Olha para mim!
Serei o que estas a ver?!
Melhor...tentar prever.

E nisto cobicei a ganância!
Destrui o que era estimado...
Evoquei a extravagância.
Para mim que sou requintado...

Sim...eu vi o céu expoente
Aquele de feição remanescente
Sozinho em, candente,
Perdido numa luz, imponente...

Filipe Pires

Região Secreta


No horizonte adormece o sol, que esteve grandioso o dia todo, e nessa linha de contacto entre o céu e a terra, amanhã, ele voltará a brotar, e manifestará a sua radiosa luz.
Da paisagem nascem montes, de uma dimensão inacreditável, que parece perfurar o céu, e o inferno.
A brisa percorre a região, que ao senti-la desleixo os sentimentos que me vão.
O rio, rasga por montes e vales, invadindo a mais pequena fenda de terra por entre a escuridão do vale. Nele, a percepção do rio, fica marcada no solo árduo de tal local.
Sei, que aqui não haverá nenhum tremor, vindo das trevas.
A harmonia deste, lugar era secreta! Porque, já mais, alguém a descobriu. Até ao dia, que eu a avistei.

Escrito na viagem à Benquerença. Inspirado nas observações durante a viagem. Em 25/04/08.

Filipe Pires

Crescer Sentindo




Suave esta brisa
Que desliza sobre a paisagem
Observo atentamente…
Magia voa pela aragem.

Sobressai o desejo
Sob o que vejo
A paisagem onde o sol brota
Os montes arredondados de beleza

Aí vai…
Mais uma folha caída
Lá vai ela desprevenida
Pelo vento que leva a sua vida

Liberdade sentida
Alegria emotiva
Como o pássaro que voa
E a folha que cai sobre a água

Nuvem passageira
Que deixas cair chuva alheia
O que fazes aqui?
Cinzento triste de mágoa

Chora da sua cor
Lágrimas indignadas
Volta a brisa agora molhada
Desta chuva quase parada

Vislumbro este manto
Criado pelo líquido transparente
Que reflexo cria o lago?
Depois desta calma descendente

Volta o vento, deslizando,
Faz dançar as árvores
Salpicando áspero solo
Como um paraíso de bondade

Lindíssimo fazer parte do amanhecer
O esplendor do sítio sagrado
E num olhar amado renascer e viver
Constantemente ser o que sou
Ou… Serei eu uma flor?
Onde a brisa voa
A folha cai
O sol nasce
A chuva passa
E eu cresço
Pois assim mereço…



Filipe Pires

Desejos Amados


Despida assim
Perante mim…
Demonstrando a pureza
E a minha fraqueza

Cabelos caídos
Sentidos como seda
Embora eu mereça
Tal certeza…

Olhos de reflexo constante
Penetrantes e provocantes
De azul mar…
E agora se eu olhar?

Aproxima-se do meu corpo
Só mais um pouco…
Agora troco a respiração
Ao batimento do seu coração

Agarramo-nos suavemente
Com excitação crescente
Colamos os lábios
Sem fôlego…

Avançamos para algo mais
Sem detalhes a descrever…
Tornamo-nos sábios
De tais desejos

O colar de olhares directos
Faz sentimentos
Com a palavra amada…
Que é o amor!

25/11/08

Filipe Pires

Lua doce lua


Lua doce lua
Apenas tu minha lua
Crescente ardor
De brilho e primor
Suave e distante,
Talvez navegante...

Lua doce lua
Apenas tu minha lua

De marcas profundas
Esquecidas...
Serão para sempre
Mais do que censuras.

Apenas tu minha lua
Lua doce lua

Esquece o passado
Ama o presente...
De cristalino reflexo
Cria um amor perplexo
Onde a lua, parada,
Torna-se tímida e cortada...

Filipe Pires

Expressão Incompleta


Por um meio
Junto da natureza
Expresso-me cheio
De sentimentos de realeza.

Sentido único
Arte realista
Olhar obscuro
Com poder de artista.

Pintura expressiva
De corpo e espírito
Torna-se viva…
Á velocidade de um grito.

Filipe Pires

Música, ritmo, vida


A música é lenta
O ritmo é suave
A vida é serena
No escuro se abre!

Em melodias fantásticas
A lua cresce...
Espero só pelas lágrimas
Que apenas ela merece.

Filipe Pires