sexta-feira, 29 de maio de 2009

Respiro Um Minuto


Aguardo num cantinho de pausa, para voltar a abraçar as palavras. Faço uma vénia, e agradeço às longas frases que me compreendem e conhecem. Respiro e espero um minuto. Demorarei a recuperar a minha exausta aura.
É um exaltado minuto de recuperação. Mas voltarei, prometo.

29/05/09

Filipe Pires

terça-feira, 26 de maio de 2009

Velejar Frágil Mimo


Lacrimejo como um rio
Corrente de longas gotas
Embebidas em vós soltas
Sois frágil mimo fio.

São olhos de azul céu
Com toque de campos verdes
De harmonioso véu
Sois notas de Paredes

Lábios finos do meu reparo
Observo-a bela flutuante
A velejar viajante no paro.

26/05/09

Filipe Pires

terça-feira, 19 de maio de 2009

Veneno Das Voltas


És uma pétala ao vento
És uma chama flamejante
És um beijo de sentimento
Sois leda, minha amante…

Os teus magos olhos ardentes.
O passo a passo de cascavel
Soltas um estalar do chicote
És veneno, como num carrossel.

Em leito de prazeres, conquistas!
Cheiras a lindas rosas de mel
Encantas vastíssimas vistas
Tantas voltas dou neste carrossel.

19/05/09

Filipe Pires

domingo, 17 de maio de 2009

Ecos De Prata


Poesia minha amada…

Em teus versos nasci
Em tuas estrofes sonhei
Com tuas rimas engrandeci
E sozinho amei.

Honrei as tuas palavras
Escrevi como prezei!
Mirei almas amadas
E sozinho voltei

Nem senhor
Nem criador…
É poeta meu primor.

17/05/09

Filipe Pires

sábado, 9 de maio de 2009

Ecos De Ouro


Ser poeta de corpo e alma
Ter a palavra na consciência;
Desabrochar de letra calma
Ser poeta de longa vivência.

Trovador de letras como ouro.
Gracioso verso afeiçoas
Prudente amor é de ânsia
Sonhador por glosas, soas.
Ser poeta de longa existência

Em ecos mudos num papel
Compões um puro afecto
São de apetitoso mel
Esse sublime olfacto.

08/05/2009

Filipe Pires

terça-feira, 5 de maio de 2009

Um Pouco Do Passado


Castelo de pedra como ouro
No cimo de redondo monte
Feito por coração mouro

De infinitas batalhas vividas.
Como um ninho forte protector
De idas e voltas de fé…
Sarracenos distintos como condor

05/05/09

Filipe Pires

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Virgem Vislumbre


Naquele momento era eu, a noite e a ribeira. Sentado à beira deste magnifico lençol de água dou conta de todos os pormenores que me envolvem, não há nada de feio, tudo é belo. Ao meu lado pousado nesta suave relva está a minha lamparina; de iluminante véu sobre este cristalino sereno. No céu a companhia entre estrelas e lua, faz um incrível nascente luar como se fossem flamejantes pontos de candeeiro, que clareiam este deslumbrante lugar.
Observo tranquilo de quietude, quando sem mais nem menos, sucede uma brisa morna; e das árvores que rodeiam esta harmoniosa fonte límpida de água, surgem incontáveis pirilampos luzindo uma energia grandiosa. Como por magia, todos os ruídos parecem acordar de um longo repouso silencioso e, grilos, corujas, entre outros. Despertam os afinados cânticos. A brisa acanha-se. Depois de frágeis folhas desanimadas voarem destes velhos carvalhos, que só a idade fala pelas suas marcas, a ideia nascia: Aragem desconhecida que trazes mudança, todo desperta à tua passagem, tudo fica para a lembrança…”

04/05/2009

Filipe Pires