segunda-feira, 4 de maio de 2009

Virgem Vislumbre


Naquele momento era eu, a noite e a ribeira. Sentado à beira deste magnifico lençol de água dou conta de todos os pormenores que me envolvem, não há nada de feio, tudo é belo. Ao meu lado pousado nesta suave relva está a minha lamparina; de iluminante véu sobre este cristalino sereno. No céu a companhia entre estrelas e lua, faz um incrível nascente luar como se fossem flamejantes pontos de candeeiro, que clareiam este deslumbrante lugar.
Observo tranquilo de quietude, quando sem mais nem menos, sucede uma brisa morna; e das árvores que rodeiam esta harmoniosa fonte límpida de água, surgem incontáveis pirilampos luzindo uma energia grandiosa. Como por magia, todos os ruídos parecem acordar de um longo repouso silencioso e, grilos, corujas, entre outros. Despertam os afinados cânticos. A brisa acanha-se. Depois de frágeis folhas desanimadas voarem destes velhos carvalhos, que só a idade fala pelas suas marcas, a ideia nascia: Aragem desconhecida que trazes mudança, todo desperta à tua passagem, tudo fica para a lembrança…”

04/05/2009

Filipe Pires


3 comentários:

  1. Bem, "pelo que digo" gosto dos teus textos e este é um desses.

    Parabéns...("pelo que te digo" estás de parabéns ;)

    ResponderEliminar
  2. Texto lindo !
    Gosto muito a sério !
    Beijinho Filipe *

    ResponderEliminar