sexta-feira, 21 de maio de 2010

Um em Mil


Tenho mil e um vícios
Mas nenhum dos mil são ofícios.

Filipe Pires

Assim o Serei


Haverá algo a dizer?
Algo a sentir que não seja?
A aldrabar sem se ver
Sem contemplar vazio que não se veja

Haverá culpa sem razão?
Nesta vida que morre lentamente
Como um fósforo em sua combustão

Seria sexto sentido superior?
Levando aos caminhos da perfeição
Como seres sem campas nem amor!
Nas trevas da vingança pela paixão.

Haveria lembrança a lembrar,
O que nada somos ou seremos?
Eu morria por dia a tentar,
Antes do rumo nos levar,
A vida caminhante em que todos morreremos!
Eu morreria mil vezes a amar,
Em vez de infinito ser de primor e perfeição,
De cada passo dado poder dizer e clamar
Que sou eu honra do Olimpo e orgulho-me de razão!
Sou e serei, na minha maré, mente que dirá um mero não
Enquanto for eu terei sempre o pensamento e uma conclusão.

14/05/10

Filipe Pires

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Silêncio Directo


Será que tenho feito?

Feito sem pensar

Ou, outrora, sem jeito

Num jeito julgar

Este feito sem jeito

Que me tormenta a contemplar

Será que se diz que fiz?

Fiz por ver no espelho do ser

Que ao ver fui o que se diz.

Não que por reflexos seja ser

Mas na questão de ver

Ainda sou o ente que me fiz

Ou, outrora, será que se diz que fiz?

Infelizmente ninguém mo diz!


--/--/10


Filipe Pires

Ocasião a Descrever


Parece que foi ontem…céus!

Aquela paisagem de saudade,

O horizonte ondulante em véus,

Ao som do lindíssimo chilrear

Dos pássaros entre a folhagem

Numa manhã fresca de fazer amar

Do toque amável da aragem.

Na minha incrédula palidez

Relembrava os momentos mudos

Sobre as flechas de ouro se fez

Os dias passados…só e surdos.

27/02/10


Amândio Lopes

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Sem Eixo No Senso


Sinto a oculta adrenalina
Consumir por prazer a vontade
Desleixo o crer pela sina
Ao fingir a razão na saudade

Deixo o sentido ser
Por alma de cerrar
Nunca tive por colher
O pensamento de acabar.

--/04/10

Filipe Pires