Prenunciei-me determinado
Nem a muralha foi vista
Nem a miséria ao meu lado.
Não dei o passo mais certo
Sisudo em meras pistas
Não vi o buraco mais perto.
Aldrabado na migalha de pão
Contemplava aquele passado
Não vi o presente, olhava o chão,
Clamava ao futuro contado
Pelo desdém da vida em combustão.
Senti o delírio no seu argumento
Domínio nas algemas da razão
Indiferença no poder do tormento,
E nisto, posso ter algum contento?
Ou deixo tudo no que tento.
Nem a muralha foi vista
Nem a miséria ao meu lado.
Não dei o passo mais certo
Sisudo em meras pistas
Não vi o buraco mais perto.
Aldrabado na migalha de pão
Contemplava aquele passado
Não vi o presente, olhava o chão,
Clamava ao futuro contado
Pelo desdém da vida em combustão.
Senti o delírio no seu argumento
Domínio nas algemas da razão
Indiferença no poder do tormento,
E nisto, posso ter algum contento?
Ou deixo tudo no que tento.
18/08/10
Filipe Pires
Li este trabalho e alguns dos outros.
ResponderEliminarSó tenho a dizer que têm uma qualidade bem acima do que é generalizado noutros blogs. É fluído, desdenha rimas cliché, tem sentido, soa bem aos ouvidos. Parabéns.
Vou incluir o link para o teu blog no meu espaço "Gangster do Colarinho Multicor". Se possível, peço que também incluas aqui um link para lá. Agradeço desde já.
Passa por lá e participa à vontade.
E sinceramente, continua. Tens talento onde outros têm ilusão.
Isto está realmente muito bom, Filipe. Há algum tempo que não vinha cá, mas é sempre bom ler e reler. Continua, sempre! Tens todo o potencial, gosto muito do que escreves, mesmo.
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