Já não há ardor
Que sirva para cobrir
Um manto negro de clamor
Na erma dúvida por despedir
Fosco percalço
Que consente as lamúrias,
Numa ilusão sem encalço,
A um turbilhão de penúrias.
Aquele fim sem amparo
No sentimento mais injusto
Acolher a aversão ao raro
Num adro morto sem custo.
Na erma dúvida a despir
Num manto escuro de clamor
Que sirva para se cobrir
Dos únicos momentos de ardor.
Filipe Pires
06/02/11
Até tenho por cá andado à algum bom tempo.
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