segunda-feira, 22 de junho de 2009

Não Vejo Lágrimas


Lacrimejo de breve pensamento
Colossal lágrima candente…
Do fundo da cisterna do padecimento
Onde o Olimpo se torna ausente
Ó minha visão frágil de contento!

Não sinto a luz cintilante
Nem a brisa alheia
Não sinto a chuva cativante
Nem vejo o que me vagueia

Sou triste porque sou cego
Cairei afogado no meu pranto
Sou triste porque me rego
Em choro num recanto.

22/06/09

Filipe Pires

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