Nem a muralha foi vista
Nem a miséria ao meu lado.
Não dei o passo mais certo
Sisudo em meras pistas
Não vi o buraco mais perto.
Aldrabado na migalha de pão
Contemplava aquele passado
Não vi o presente, olhava o chão,
Clamava ao futuro contado
Pelo desdém da vida em combustão.
Senti o delírio no seu argumento
Domínio nas algemas da razão
Indiferença no poder do tormento,
E nisto, posso ter algum contento?
Ou deixo tudo no que tento.