Entre uma passa e outra, fumo o meu cigarro. Inalando um prazer relaxante, tranquilo de toda a situação em meu redor, expirando devagar uma nuvem, aproveito ao máximo aquilo que nos descrevem como “Fumar mata”. Pois talvez ainda possa cair subitamente para o lado. É melhor largar a pequena beata! Com um toque rápido no cigarro a cinza plana até ao chão. Hoje o café está dentro do meu gosto, o tabaco é apenas a minha companhia entre dedos.
Estou sentado de frente para a lareira, que deixa sair um ligeiro calor, das últimas brasas. Ao meu lado direito encontra-se a varanda, que deixa entrar a escassa brisa, que converte o meu cigarro em cinza mais depressa. Por detrás de mim está a televisão, que sobre o olhar atento de três indivíduos, vão decorando as palavras do noticiarista. O balcão está do meu lado esquerdo, a mais ou menos dois metros do sítio onde me encontro, onde as três pessoas vão conversando umas com as outras. Um local muito simpático e acolhedor.
Tomava ouvidos a quem falava. Eram típicas frases…
“Vamos fazer uma partida de snooker?”
“Quem perder paga!”
O que posso eu dizer? Vivas ao snooker! O fumo incontrolável, corre ao sabor da aparecida aragem, perdendo-se, enquanto vou ouvindo os pedidos, dos senhores que procuram refugio do cansaço de um dia de trabalho.
“É uma mini, se faz favor!”
“Ora sai uma mini…” – Diz o empregado simpático, dando a cerveja ao senhor, que aparentava o desgaste das suas mãos. Mas a alegria brotava por todos os lados, todas estas pessoas mostram a felicidade do convívio.
Levando o cigarro à boca, dou uso aos pulmões, e de seguida apago no cinzeiro a minha companhia, antes presente entre os meus dedos. Bebo o resto do meu café. Por já conhecer o estabelecimento, de outras tardes passadas, tiro o dinheiro à conta do meu pedido. Os preços acabam por ser sempre decorados.
Levanto-me e caminho na direcção da saída. Desço as escadas e sigo a estrada que me leva para casa.
27/03/2009
Filipe Pires
Estou sentado de frente para a lareira, que deixa sair um ligeiro calor, das últimas brasas. Ao meu lado direito encontra-se a varanda, que deixa entrar a escassa brisa, que converte o meu cigarro em cinza mais depressa. Por detrás de mim está a televisão, que sobre o olhar atento de três indivíduos, vão decorando as palavras do noticiarista. O balcão está do meu lado esquerdo, a mais ou menos dois metros do sítio onde me encontro, onde as três pessoas vão conversando umas com as outras. Um local muito simpático e acolhedor.
Tomava ouvidos a quem falava. Eram típicas frases…
“Vamos fazer uma partida de snooker?”
“Quem perder paga!”
O que posso eu dizer? Vivas ao snooker! O fumo incontrolável, corre ao sabor da aparecida aragem, perdendo-se, enquanto vou ouvindo os pedidos, dos senhores que procuram refugio do cansaço de um dia de trabalho.
“É uma mini, se faz favor!”
“Ora sai uma mini…” – Diz o empregado simpático, dando a cerveja ao senhor, que aparentava o desgaste das suas mãos. Mas a alegria brotava por todos os lados, todas estas pessoas mostram a felicidade do convívio.
Levando o cigarro à boca, dou uso aos pulmões, e de seguida apago no cinzeiro a minha companhia, antes presente entre os meus dedos. Bebo o resto do meu café. Por já conhecer o estabelecimento, de outras tardes passadas, tiro o dinheiro à conta do meu pedido. Os preços acabam por ser sempre decorados.
Levanto-me e caminho na direcção da saída. Desço as escadas e sigo a estrada que me leva para casa.
27/03/2009
Filipe Pires
Muito bom!! gostei...
ResponderEliminarcontinua a fazer destes textos!!
Bem, é sempre um prazer ler os teus textos e poemas, não Filipe?
ResponderEliminarDar-te os parabéns já me parece demasiado comum, mas é o mais acertado.